8 de jul. de 2009

[Faixa Expressa] Medida contra Roubos



Documento prevê que veículos batidos sejam destruídos por prensagem para que peças não possam ser vendidas. Assim, mercado paralelo não é abastecido e furtos e roubos de carros tendem a diminuir.


A Assembléia Legislativa de São Paulo pode votar ainda este ano um projeto de lei que prevê a proibição da venda de carros que sofreram perda total em acidentes. O objetivo é minimizar o número de furtos e roubos de carros na maior capital do País. Para a deputada paulista do PSDB Maria Lúcia Anary, autora do projeto, se tais peças não abastecerem o mercado paralelo, os roubos e furtos tendem a cair.

O projeto já passou por todas as comissões pertinentes dentro da Assembléia e está pronto para ser incluído na pauta do dia e ser votado. Mas a deputada acredita que ainda leve um tempo para que isso aconteça. “Há um grande número de projetos para serem votados e, às vezes, o governo encaminha outros que interferem na vida do cidadão e, por esta razão, tem de ser votados em regime de urgência”, diz.

Maria Lúcia explicou que a idéia para o projeto de lei surgiu porque ela verificou que as peças dos veículos que sofriam perda total acabavam abastecendo o mercado clandestino. “Se os carros fossem destruídos por prensagem, conforme estipula o projeto de lei, todos os sinistrados seriam destruídos e as peças não poderiam ser usados no mercado paralelo. Além disso, o projeto prevê que os órgãos de trânsito dêem baixa nos documentos destes carros”, acrescenta.

Se não há mais venda de peças de carros batidos para o mercado ilegal, a fiscalização de órgãos governamentais também fica mais fácil, porque peças sem nota serão peças ilegais, sem dúvida. Atualmente, o intermediário “esconde” as peças ilegais no meio das regulares, com a desculpa de que elas vieram de carros batidos, o que dificulta a fiscalização.

Ambiente
Os carros que sofrem perda total acabam sendo vendidos em leilão, para que suas peças sejam reutilizadas. De acordo com a deputada, guardar estes veículos até que sejam leiloados também é um problema. “Eles são guardados em pátios e, muitas vezes, em locais inadequados, como à margem de represas e rios. Portanto, se os carros forem prensados e a sucata for vendida, não haverá necessidade de guardá-los e, portanto, não haverá nenhum prejuízo ambiental”, afirma a deputada tucana.

Seguro
Maria Lúcia prevê ainda que, com a instituição da lei, o valor do seguro dos carros caia. Quanto maior o número de veículos roubados e furtados, mais caro o seguro. “Notamos que o seguro tem um valor diferente de acordo com a cidade. Em municípios do interior, por exemplo, o seguro é mais barato que na capital”, exemplifica. Portanto, conforme explica a deputada, a redução no crime de roubos e furtos de veículos poderá incidir positivamente no bolso do consumidor.

Fonte:Charmeaovolante.com.br